O monge Henrique
Kalkar, por volta do ano 1300, fez a divisão das Ave-Marias em 15 dezenas, com
o Pai-Nosso iniciando cada uma. Mais tarde, outro monge propôs a meditação dos
mistérios. Cem anos depois, o dominicano Alano de la Rocha propôs a meditação
dos mistérios gozosos, dolorosos e gloriosos. Com eles se contemplam,
respectivamente, a encarnação do Filho de Deus, sua paixão e morte, a
ressurreição e glorificação de Jesus e de Maria. E assim o rosário se espalhou
por toda parte. Muitas confrarias e Institutos religiosos promoveram sua
devoção. Como é uma oração fácil, o povo aprendeu logo. O Papa João Paulo II
acrescentou os mistérios da luz, que
contemplam a missão de Jesus. Assim, o rosário passou de 150 para 200 Ave
Marias, divididas agora em quatro sequências de “mistérios”: gozosos,
luminosos, dolorosos e gloriosos.
A devoção do rosário é conhecida no Brasil como “terço”,
pois as pessoas rezam cada vez 1/3 das 150 Ave-Marias. No correr de vários séculos,
pessoas e grupos modificaram e organizaram a oração das Ave-Marias, até chegar
ao que temos hoje. E da mesma forma como ele foi modificado com o tempo, pode
também mudar hoje.
Embora tenha uma estrutura fixa para nos ajudar, o rosário é
uma oração vocal livre. Você pode rezá-lo sozinho ou em grupo, em qualquer hora
do dia ou da noite, de muitas formas. Faça-o como lhe guia o coração. Não se
aconselha recitá-lo de forma mecânica, repetindo às pressas as Ave-Marias. É
melhor rezá-lo de forma tranqüila, contemplando os mistérios, para experimentar
seus frutos espirituais. Sugere-se que a recitação do rosário seja enriquecida
com trechos Palavra de Deus, hinos e canções. Portanto, o rosário é uma devoção
saudável, que ajuda os fiéis a entrar em sintonia com Deus, venerando a mãe de
Jesus e contemplando os mistérios da vida de Jesus.
Veja mais em: Afonso Murad, Maria toda de Deus e tão humana. Compêndio de mariologia. Paulinas - Santuário, 2012, cap.11.
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