Neste vídeo, produzido no seminário de Mariologia em Recife, apresento diferentes visões sobre Maria na sociedade brasileira. Dentre elas, destaco cinco : devocional católica, protestante histórica, protestante de missão, eclético e novas visões católicas. (Afonso Murad)
3 comentários:
Concordo que a mariologia não pode estar dissociada da figura de Jesus Cristo, da Salvação e redenção realizada por ele. A visão da Mariologia deve ponderar pelo equilíbrio, uma fé sadia e compromissada com o projeto salvífico da cruz. A Mariologia deve ser como os trilhos de um trem que conduzem ao destino certo, que é o projeto de Salvação realizado na pessoa de Jesus Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem. A Maria do Céu não pode ficar distante da Maria de Nazaré, esta que foi responsável pela educação de Jesus, e que esteve ao seu lado nos momentos mais difíceis da missão redentora. A Maria do Céu foi uma mulher que viveu como muitas Marias de hoje, levando as suas cruzes de cada dia, lutando com dificuldades para vencer os enormes desafios que a vida nos traz, tal como relata o evangelho ainda que de forma tênue, sobre a passagem da fuga para o Egito. Deste episódio se origina um de seus títulos: "Senhora do Desterro". Maria é aquela que nos acompanha nas tristezas da vida e diante do mistério da morte. Enfim, em todos os momentos ela está conosco.
Rio de Janeiro, 24 de novembro de 2013.
AUGUSTO CESAR TEIXEIRA
Em uma sociedade altamente plural como a nossa, não é de se estranhar que encontremos uma pluralidade de credos, e ainda a mudança da compreensão ou a forma de nos relacionarmos com o transcendente. Creio que a forma como Maria é vista hoje nos aproxima muito mais dela e de uma maneira mais bonita, pois não limitamos a sua pessoa, e tudo o que ela significou e significa para o Cristianismo, ao interceder a Jesus pelos milagres que cada um anseia. Não é um desprezo á forma de compreensão devocional, mas olhar para Maria e ver nela uma mulher que fez suas opções no mundo, e as fez muito bem, inspirada por Deus, nos leva a uma identificação mais íntima. Vê-la como uma pessoa que aprendeu nas suas limitações a ser mãe, esposa, discípula do próprio filho e mãe da comunidade cristã, nos coloca em um itinerário rumo a Jesus.
Ainda que os outros grupos olhem para Maria e a veja simplesmente como uma mulher que foi instrumento de Deus e nada além disso, ou que a veja identificada com entidades de outras confissões, não se pode negar esse presença marcante e plural da mãe de Jesus na comunidade de fiéis. Olhar para Maria na perspectiva missionária, peregrina na fé, implica um compromisso, sobretudo a nós; cristãos católicos, de valorizarmos todo o processo que conhecemos da caminhada dela e não temermos de chama-la Nossa Mãe, Nossa Senhora, pois ela de fato o é, e se ela encontrou graça diante de Deus, que dirá nós que ainda peregrinamos nesse mundo de Deus tentando fazer a sua vontade.
Heliomarcos Costa Ferraz - 3º Ano Filosofia FAJE
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